Sou um ser sem vontade
um corpo sem alma
sem sentimento
sem força
sempre a vagar
sem destino
sem motivo
sozinho
sem forças
para pensar
para sentir
agir
para se mexer
para ouvir
para falar
amar
Este sou eu...
sem você...
não tinha nome.
Tinha endereço
CEP, telefone
E-mail, MSN…
Mas nome mesmo, não tinha
Não era dor de amor
Não era saudade
Ferida não era
Não era amizade perdida
Talvez, confiança traída
Mas não era, também
Ela me traiu, mas eu sabia
dos amores, das paixões dela
Me senti pequeno
Me senti sozinho e frio
Mas era diferente do de costume.
Solidão, não era.
Não sinto fome, não sinto sono
fechar os olhos já não quero
deitar já não consigo
beber agua já não mata minha sede
Tomei mil banhos e não me limparam
por que não era eu que estava sujo
Não…Não era eu…
A sujeira vinha de outra pessoa.
Me sinto insuficiente
fraco e despido em meio a uma rua
onde passam carros, bondes, aviões
e ela está lá, com ela.
Não sou bom o suficiente
não consigo fazer a felicidade
em outra pessoa, NESSA pessoa
ela precisa de outra.
Não dormi bem, pois os olhos
fechados produziam escuridão
a escuridão daquele quarto
Onde pude ve-las, ve-las
Cada vez que eu pisco
já não suporto o escuro
Já não tenho sonhos
Já não tenho pernas ou braços
Minha casa virou meu mundo
“o que não me mata, me fortalace”
Eu acredito, acredito e repito.
“o que não me mata, me fortalace”
E eu que ateu, rezei
eu que preguiçoso, avancei confiante
que machucado, abracei e cantei
escrevi, digitei, procurei…Por ela
fiquei do lado de fora, com frio
mas fiquei, fiquei preocupado
Engoli orgulho, engoli tristeza
sussurei palavras de amor…
Hoje meu corpo dói
Minha cabeça dói
Meus dedos doem, mas não paro
Meu coração dói, mas não pára
E o espírito se trinca
O estomago está embrulhado
A alma está sangrando
e as poesias já não fazem mais sentido.
Aonde os olhos se afastam
Se uma noite, um dia
Já torturam o espírito
Nem imagina o que sinto neste mês
Nesta época que não ouço sua voz
Não sinto seu cheiro
Nem o toque de sua pele
A saudade que bate forte
Não vejo a hora de te ver de novo
Reencontrar esses seus olhos
Quando o frio finalmente se torna
Calor
Minha amada Bella
Em uma rua ela vaga sozinha
A solidão parece a acompanhar
Parece gostar de estar junto a ela.
A neve em seus cabelos
O frio apenas a faz se sentir aquecida,
Mas isso não é o suficiente para mantê-la viva por muito tempo.
Seus olhos estão longe,
Vermelhos, talvez te tanto chorar.
Perdidos...
Com o seu brilho já se extinguindo
Aquele rosto que um dia foi rosado
E alegre,
Hoje se encontra frio, pálido...
Mas continua inocente.
Quase amigável.
Ela espera encontrar um dia seu lar...
Ele espera encontrar um dia os braços,
Daquele que a esquenta e não a deixa chorar.
Daquele no qual ela pensa,
Ela chora,
No qual ela procura.
Aquele que ela ama.
Contribuição de Beatriz {{Pucca}}